Marca não é apenas aquilo que se vê!
Conheça a real definição e o que como se constroi a representação de uma marca.
por Victor MacedoA marca da “Apple” não é uma maçã, a marca do “McDonald ‘s” não são os arcos que formam a letra M, a marca da “Disney” não é o castelo. Marcar vai muito além de somente símbolos ou nomes, mas abrange sentidos e sentimentos que nos envolvem e nos remete a uma lembrança.
Origem da palavra “marca”
A palavra “marca” deriva da palavra mark que significa “rastro, impressão,” do inglês arcaico mearc (saxão ocidental), merc (merciniano) “fronteira, limite; sinal, marco,” do germânico antigo markō (fonte também do norueguês antigo merki “fronteira, sinal,”). Já no inglês a palavra brand (marca em inglês) deriva de brandr, como era chamada a ação de gravar o gado com ferro quente, deixando um símbolo para atestar a origem. Em ambos os casos, essas palavras em resumo significam a delimitação de pertencimento e espaço, informando algo à alguém.
Os primeiros símbolos de marcas como conhecemos hoje, surgiram da necessidade de gravar a origem dos produtos. As civilizações antigas da região do Mediterrâneo com a origem do comércio através das navegações, precisaram criar uma identificação dos produtos para informar a sua origem, muita das vezes com desenhos de peixes, estrelas ou outras referências, e fazendo com que essa prática se espalhasse pelo ocidente.
Porém com a evolução do comércio e do capitalismo, vimos o surgimento de várias empresas e grandes corporações, e muitas delas concorrentes uma das outras, fazendo com que um símbolo apenas não fosse o suficiente para distinguir a diferença entre elas.
Como as marcas nos envolvem
Já algum tempo, as empresas buscam “marcar” os clientes para que eles façam o consumo delas, e por isso quando falamos de marca para uma empresa, ela vai muito além do símbolo. De fato, os símbolos das empresas são marcas visuais que faz uma pessoa lembrar de determinada empresa, porém os símbolos não são toda a marca, e sim, apenas parte dela.
Voltando a origem das palavras, tanto a palavra em português, quanto a palavra em inglês, se fizermos uma analogia dos seus significados a níveis corporativos, elas nos dão um direcionamento de como deve ser feito o trabalho de marco às pessoas, Limitando os espaços e o pertencimento de algo à algum lugar, só que hoje a um nível mental. Essa “briga” de empresas hoje ocupa um espaço na mente dos consumidores.
Fazendo uma análise rápida do ser-humano, nós somos seres que entendemos o mundo através dos nossos 5 sentidos, processamos através das lembranças registradas e criamos registros através dos nossos sentimentos.
Sabendo disto é importante pensar em como uma marca pode se estender a esses cinco sentidos e reforçar a lembrança daquele produto, empresa, pessoa, etc., em resumo a um sentimento que aquela empresa quer despertar naquela pessoa.
A marca quando está no Top of Mind (Topo da mente) das pessoas, é porque ela é a que passa a melhor representação daquilo que ela trabalha e vende, despertando o sentimento certo que a associa o seu produto na maior parte dos consumidores.
A extensão das marcas
A construção de uma marca é muito mais ampla e se estende a mais de um profissional, pois a concepção dela está ligada a forma de interação que se dá a cada pessoa e ao contato e percepção que aquele cliente terá sobre aquele conjunto de informações. A marca é uma ideia central de tudo aquilo que uma empresa vende ou representa. Uma marca de farinha de trigo não vende a farinha, mas a ideia de um bolo mais fofinho. Uma marca de chocolates não vende o chocolate em si, mas a ideia de um sabor cremoso, doce e reconfortante. E para cada um, um produto irá representar, informar, delimitar algo dentro de sua mente.
Então conheça as pessoas que estarão no seu nível de mercado, as suas necessidades e a ideia que o seu produto pode suprir para eles. Este é o primeiro passo para construir uma marca, pois afinal, agora percebemos que tudo que nos envolve, nos marca e nos gera uma lembrança – boa ou ruim – determinando assim o sucesso de cada negócio.
Referências:
A história da marca: um fenômeno em evolução – FREITAS, Renata – Ideia de Marketing, 18 de janeiro de 2017
O comércio e a escrita entre os fenícios – SOUSA, Rainer Gonçalves – Brasil Escola
Mark (n.1) – Online Etymology Dictionary
Um artigo de fácil leitura e muito explicativo…
Obrigado Margarida.🥰😘